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EVITAR A ESTUPIDEZ É MAIS FÁCIL DO QUE TENTAR SER GENIAL

Na newsletter OS MELHORES DA HISTÓRIA expliquei o porquê da hegemonia de Federer, Nadal e Djoko. Não era porque eles eram muito melhores sempre, mas porque acertavam um pouco a mais que os outros, consistentemente. 

Nessa newsletter vou me aprofundar mais no tema.

Muitas vezes, nos concentramos em tentar ser geniais, só que muitas pessoas bem-sucedidas obtêm muito mais sucesso ao evitar cometer erros estúpidos. Amadores vencem o jogo quando seu oponente perde pontos, especialistas vencem o jogo ganhando pontos.

O cientista e estatístico Simon Ramo escreveu um livro fascinante que poucas pessoas se deram ao trabalho de ler: Extraordinary Tennis Ordinary Players (Tênis Extraordinário, Jogadores Comuns).

Nele, Ramo identifica a diferença crucial entre o Jogo do Vencedor e o Jogo do Perdedor.

Ramo acreditava que o tênis poderia ser dividido em dois jogos: os profissionais e o resto de nós.

O jogo parece o mesmo do lado de fora. Afinal, os jogadores seguem as mesmas regras e pontuação. E jogam na mesma quadra. Às vezes, até compartilham o mesmo equipamento. Em resumo, os elementos essenciais do jogo são os mesmos.

Às vezes, amadores acreditam que são profissionais, mas profissionais nunca acreditam que são amadores. Profissionais sabem que não estão jogando o mesmo jogo que amadores.


GANHAR OU PERDER PONTOS?

Profissionais ganham pontos, enquanto amadores os perdem.

Em um jogo profissional, cada jogador, com habilidades quase iguais, joga um jogo quase perfeito, trocando bolas até que um jogador acerte a bola além do alcance de seu oponente. Isso envolve posicionamento, controle, efeito. É um jogo de centímetros e, às vezes, milímetros. Assim não é como os amadores jogam.

INSIGHT

“O amador raramente vence seu adversário, mas ele se derrota o tempo todo. O vencedor obtém uma pontuação mais alta do que o oponente, mas o faz porque seu adversário está perdendo ainda mais pontos.”


JOGUE O SEU JOGO

O ponto é que a maioria de nós é amadora, mas nos recusamos a acreditar nisso.
Então cometemos o erro de jogar o jogo de profissionais, ao invés de inverter o problema. Em vez de tentar vencer, devemos evitar perder.


Só foi um ponto que Charlie Munger, parceiro de Buffett, fez há muito tempo.
Em uma carta aos acionistas da Wesco, onde ele era presidente na época (Damn Right!: Behind the Scenes with Berkshire Hathaway Billionaire Charlie Munger), Munger escreve:


“A Wesco continua tentando lucrar mais por sempre lembrar o óbvio do que por compreender o esotérico. … É notável o quanto de vantagem a longo prazo pessoas como nós, obtiveram ao tentar consistentemente não serem estúpidas, em vez de tentar serem muito inteligentes. Deve haver alguma sabedoria no ditado popular: “São os nadadores fortes que se afogam.”


E há tanta sabedoria embutida nessa citação que eu a imprimi e a fixei na minha parede.

Abs! Leo Siqueira.